30 junho 2014

Apresentação

Final de 2013, eu tentando fazer aquelas resoluções de ano novo que a gente faz pra fingir que vai fazer tudo diferente e melhor. Modelar o corpo, estudar mais, amadurecer minhas relações. Tudo ok, bem clichê, como deveria ser. A lista não me daria tanta dor de cabeça se eu não acrescentasse mais um tópico: ler mais.
Não é mistério, pra quem me conhece, que eu leio pra caralho, desde criança. Mas o problema é que eu não fazia ideia do quanto era esse “pra caralho”. Tentei fazer uma média semanal ou mensal, mas vocês sabem o problema das médias. Tinha semanas em que eu lia um livro ou mais por dia. Semanas em que eu enrolava com apenas um exemplar. Meses em que eu não queria saber das letras, e por aí vai.
Quanto eu leio? Eu ainda queria saber. Trezentos? Duzentos? Cento e trinta? Trinta? Ali estava eu, com aquela dúvida me atormentando. Por mais que tentasse, não conseguia estimar quantos livros já tinha lido na vida. E como insistir muito não faz parte do meu estilo (tsc), desisti.
E é daí que surgiu essa ideia. Se eu não posso saber quanto já li, talvez possa contar, a partir de agora, quanto lerei. Assim, criei um arquivo no bloco de notas e comecei. O plano era só anotar o que eu lia, mas resolvi dar ao arquivo o nome “Projeto 100 livros em 1 ano”. Isso porque me lembrei da Nádia Lapa, aquela blogueira que transaria com cem homens um ano. Ela com os pirocos, eu com as páginas.
(Não que ela também não possa ter lido nesse período. Não que eu tenha abandonado os pirocos em 2014, né, minha gente, vamos combinar, uma coisa não exclui a outra).
– Mas, Fernanda, e por que picas você começou o blog apenas em julho, quando você já está no livro n° 45?
– Você já ouviu falar em preguiça, noob?
Então, pessoal. Nesse blog aqui, quero mostrar pra vocês o que eu leio e como cada livro me transforma. Quero que vocês vejam como eu fico irritada quando leio uma porcaria machista e mal escrita. Quero que vocês saibam como eu chorei com casal que tinha câncer, ou como ri daquele personagem que não tem sorte no amor. Quero que vocês reflitam com aquela metáfora de Orwell e se desconstruam com aquela mulher que questionou o amor materno. Quero que vocês viajem comigo por cada cem, duzentos, trezentos livros que passarão por minhas mãos.
Livros podem ser muita coisa na vida de uma pessoa. Esse blog vai dizer o que eles são na minha.

Beijos light. Sempre.

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